Ainda não há regulação governamental no que tange aos empréstimos bancários para outras finalidades que não o pagamento de salários e dívidas do negócio, a título de exemplo.
Como se trata de relação entre entes privados, é pouco crível que o governo interfira de qualquer modo.
Em pesquisa realizada junto a cinco bancos (Banco do Brasil, Santander, Safra, Itaú e Bradesco) por meio de empresas que já buscam concessão de empréstimos, verificou-se que as linhas de crédito para capital de giro ou para rolagem de dívidas estão com juros maiores e prazos menores de pagamento.
Apesar da situação de pandemia, os prazos em linhas de capital de giro caíram de 180 para 60 dias e as taxas passaram de CDI mais 0,47% ao mês para CDI mais 1%, o que aponta para um aumento significativo
Nos dois casos, as operações são garantidas com recebíveis, o que aponta para uma dificuldade de cumprimento de pagamento para as empresas que estão impedidas de funcionar e, consequentemente, não possuem faturamento.
Com isso, a busca por linhas de crédito nesse momento parece mais onerosa para as empresas, visto que os bancos ainda não definiram o cenário de risco para esse momento e para quando acabar a pandemia.
Até que haja o equilíbrio das análises de risco pelos bancos, é provável que os juros sejam mais elevados.